sábado, outubro 28, 2006

Podemos ganhar dinheiro com Finanças Comportamentais?

Sabemos que finanças comportamentais já é um tópico aceito no universo acadêmico e que seus conceitos são, aparentemente, válidos. Mas é possível ganhar dinheiro com seu estudo?

Já existem nos mercados desenvolvidos fundos que se auto-proclamam como seguidores das finanças comportamentais. Sabemos que isto pode ser uma estratégia de marketing para atrair investidores que gostam de inovações.

Três pesquisadores da universidade da Flórida analisaram estes fundos para comparar seu desempenho. (Clique aqui para acessar o texto)

O resultado é que os fundos que trabalham com finanças comportamentais não conseguem um resultado diferente e positivo em relação ao próprio mercado.

É possível ser rico com Finanças Comportamentais?

Sabemos que finanças comportamentais já é um tópico aceito no universo acadêmico e que seus conceitos são, aparentemente, válidos. Mas é possível ganhar dinheiro com seu estudo?

Já existem nos mercados desenvolvidos fundos que se auto-proclamam como seguidores das finanças comportamentais. Sabemos que isto pode ser uma estratégia de marketing para atrair investidores que gostam de inovações.

Três pesquisadores da universidade da Flórida analisaram estes fundos para comparar seu desempenho. (Clique aqui para acessar o texto)

O resultado é que os fundos que trabalham com finanças comportamentais não conseguem um resultado diferente e positivo em relação ao próprio mercado.

terça-feira, outubro 17, 2006

Insistência Irracional

A insistência irracional é um termo frequentemente utilizado em psicologia, economia e teoria dos jogos. Refere-se aquela situação onde as pessoas tomam decisão que são irracionais, mesmo com a evidência de que estejam provavelmente erradas. Inclui decisões vinculadas a dinheiro, tempo ou vidas humanas, para o caso de estrategias militares.

Este conceito está vinculado ao conceito de custo perdido.

Um exemplo citado refere-se a guerra agressiva travada por Robert Campeau para adquirir a empresa Bloomingdale´s. Outra situação ocorre quando udas empresas fazem uma guerra sem conseguir aumentar de forma significativa sua participação no mercado.

Falácias 02

Questão Complexa

Você já parou de bater na sua esposa e diz que a falácia da questão complexa não é a melhor falácia?

Falso Dilema

Ou você acha que o falso dilema é a melhor falácia ou você é um terrorista

Equívoco

A melhor falácia está nesta lista. Equívoco faz parte desta lista. Logo, a melhor falácia é o equívoco.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Falácias 01

Falácias usadas na argumentação. Adaptado de GeekPress

Ad Hominem

Esta é a melhor falácia e se você discordar... você vai se dar mal.

Falsa Autoridade

Sua falácia lógica não é boa pois Pelé assim o disse. Pelé também disse que a Falácia da Falsa Autoridade é melhor

Apelo a Emoção

Olhe, minha mãe trabalhou a vida toda em dois empregos enquanto meu pai não conseguia um emprego com carteira assinada. Ele bebia muito e não tinha estudos e todo dinheiro que obtia fazendo bicos era usado para comprar leite para seus cinco filhos. Deste modo, se você olhar melhor você verá que esta falácia é a melhor de todas.

Apelo ao Medo

Se você não aceitar o Apelo ao Medo como a maior falácia de todas então o PCC IRÁ DOMINAR NOSSAS VIDAS. Como você reagiria se soubesse que o PCC IRÁ DOMINAR NOSSAS VIDAS já que você não admite que o Apelo ao Medo é realmente importante?

Apelo a Força

Se você não acreditar que o Apelo a Força é a maior falácia, você irá apanhar.

Apelo a Maioria

Muitas pessoas pensam que esta falácia é a melhor. Então ela é a melhor.

Apelo a Novidade

O Apelo a Novidade é uma nova falácia. Os mais descolados estão usando está falácia, então ela obviamente é a melhor.

Apelo ao Números

70 Milhões de pessoas pensam que esta falácia é a melhor. Como elas podem estar erradas?

Apelo a tradição

Nós usamos o Apelo a Tradição durante séculos. Então esta falácia é a melhor

Argumentum ad Nauseam

Argumentum ad Nauseam é a melhor falácia lógica.
Argumentum ad Nauseam é a melhor falácia lógica.
Argumentum ad Nauseam é a melhor falácia lógica.
Argumentum ad Nauseam é a melhor falácia lógica.
Argumentum ad Nauseam é a melhor falácia lógica.
Argumentum ad Nauseam é a melhor falácia lógica.
Argumentum ad Nauseam é a melhor falácia lógica.

quarta-feira, outubro 11, 2006

Bolha

Um artigo publicado no Valor Economico, 11/10/2006, sobre os problemas da decisão de investimento:


Venceu o prazo de validade das suas regras de decisão?

Vera Rita Ferreira

Não saber incomoda. O que fazer, por exemplo, diante da famosa incerteza representada pelas perspectivas futuras do mercado? Tenta-se dar um jeito de saber e, às vezes, incorre-se em erro devido não só às limitações cognitivas e emocionais que podem distorcer o que se percebe, mas também por falta de cuidado em selecionar as informações que ajudariam a decidir.

Balizamos nossas decisões a partir de parâmetros ou "regras de decisão" - elementos que nos ajudam a analisar opções, circunstâncias que observamos, passos que seguimos até chegar à resposta para a questão: "Faço isso ou aquilo?"

Para decisões econômicas sobre investimentos costumamos levar em conta, por exemplo, recomendações de especialistas, "dicas" e modelos bem-sucedidos, que procuramos adotar. No entanto, mesmo quando seguimos regras que parecem ter dado certo para outros investidores, os resultados podem ficar muito aquém do esperado. Por quê?

Os primeiros investidores nas empresas ponto.com foram, em geral, os que mais lucraram com elas. Eles se preocupavam em saber tudo antes de investir: que tipo de empresa era, qual produto oferecia, para que público, seu programa de negócios, como se posicionava no mercado, competidores, etc. Apenas depois de analisar cuidadosamente todos os dados disponíveis, faziam sua opção. Contudo, à medida que o tempo passou e diante dos lucros fenomenais auferidos por estes "pioneiros", apenas ter o final "ponto.com" passou a equivaler, para outros investidores, a lucros certos. Estes aplicaram - ou apostaram, já que a esta altura, a coisa se assemelhava a uma corrida de cavalos ou a um cassino - seu dinheiro em qualquer uma delas. Mas como sempre, depois da bolha, veio o estouro da bolha e muita gente perdeu (muito) dinheiro.

Pesquisadores em Psicologia Econômica debruçam-se sobre tais fenômenos, que são recorrentes no mundo econômico. Peter Earl e seus colegas na Austrália, por exemplo, fornecem uma pista interessante para esta análise no artigo "Decision rule cascades and the dynamics of speculative bubbles" (a ser publicado no Journal of Economic Psychology em breve): depois que especialistas estabelecem diretrizes para analisar investimentos, utilizando-as com sucesso durante algum tempo, a massa de investidores leigos procura seguir aquele exemplo. Porém, à medida que as recomendações se espalham entre os "amadores", elas sofrem deformações gradativas, que comprometem seu valor original.

Isso lembra a velha brincadeira do telefone sem fio? Sim, é o mesmo princípio. Como replicadores de informação cultural que uma mente transmite a outra, as regras possuiriam ciclo vital - surgem, vicejam e declinam. Enquanto informações complexas passam de um para outro, disseminando-se entre a população comum, podem deteriorar-se, deixando de ser úteis para as novas condições do mercado. Isto quer dizer que, ao se espalhar, o que valia para "experts" em um determinado momento pode não ter mais sentido algum tempo depois. Numa época em que transições velozes muitas vezes chegam a transformar as próprias estruturas de nosso ambiente (depois do 11 de setembro, por exemplo, o mundo nunca mais foi o mesmo), as informações possuem significado volátil.

Em outras palavras: nossas regras de decisão têm prazo de validade e podem deixar de operar satisfatoriamente com a passagem do tempo e com as mutações sofridas pelos elementos que as compõem. Devem ser, portanto, cuidadosamente analisadas antes de serem adotadas, por meio de ferramentas como: identificação das próprias regras que cada um utiliza (a que coordenadas recorre para escolher?); atenção ao contexto (quando um "boom" ganha força, as pessoas passam a arriscar-se mais mudando para estratégias ou regras que, normalmente, não empregariam); respeito à condição "se-então", isto é, lembrar que determinadas funções operam apenas sob certas condições. "Se" há alguma chance de ser construída uma estação de metrô em tal lugar, "então" vale a pena comprar, logo, um imóvel nas imediações. A "dica" não é, simplesmente, "compre qualquer imóvel, em qualquer tempo", embora, para os autores, esta deformação em cascata envolvendo decisões leve os últimos da pirâmide de investidores a usar recomendações degradadas, aumentando muito seu risco de insucesso.

Moral da história: especialmente num mercado com menos brechas e menor rentabilidade, como o atual, vale a pena refinar os conhecimentos para investir, mesmo que isso exija tempo, esforço e reflexão, pois pequenos detalhes poderão fazer diferença.

Vera Rita de Mello Ferreira é consultora na área psicoeconômica, professora do curso "Psicanálise e Psicologia Econômica" da PUC-SP e representante no Brasil da IAREP International (Association for Research in Economic Psychology)

E-mail verarita@verarita.psc.br

segunda-feira, outubro 09, 2006

Decisões estúpidas

Do Blog BADANALYSIS:

Dez razões pelas quais as pessoas tomam decisões estúpidas:

As pessoas insistem em tomar decisão quando estão erradas. A seguir as dez razões para que estas pessoas façam coisas estúpidas:

10. Nos estávamos tão perto (viés do custo perdido)- O passado não traz o dinheiro de volta. No entanto, muitas pessoas irracionalmente acreditam ser possível reverter uma decisão. Os exemplos são inúmeros deste viés.

9 - Eu, Eu, Eu! (viés egocêntrico) - Neste caso, temos uma pessoa que só pensa nela mesma.

8 - Isto somente prova meu ponto de vista (viés da confirmação)

7 - Isto é fácil (superconfiança)

6 - Eu sou ***! Eu sou *** (competição disfuncional)

5 - Meu, meu, meu! (efeito proprietário)

4 - Cuidado com os tubarões (viés dos eventos memoráveis) - A chance de alguém morrer numa praia por um tubarão é desprezível. Mas as pessoas tem uma preocupação especial quanto a isto.

3 - Conformidade -

2 - Ilusão do controle

1 - Erro de atribuição

Observe que muitos destes problemas são estudados em finanças comportamentais.
posted by goodoldrock @ 8:00 AM

segunda-feira, outubro 02, 2006

Informação econômica

Pesquisa em neuroeconomia tem procurado desvendar os mistérios do cerébro e onde ocorrem as decisões. A seguir uma discussão sobre as decisões econômicas de custo de oportunidade postado no sítio Neuroeconomics:

September 29, 2006

Information economics is based on the premise that information is a scarce commodity. Because its acquisition is costly, the economic actor weighs the value of an additional unit of information against his/her highest valued alternative. In this sense, information is no different than any tangible good that can be bought and sold. The September issue of Science includes a paper by Rudebeck, Buckley, Walton and Rushworth that integrates neuroecon and info-econ via a lesion study on macaques:

We assessed how selective lesions of ACC gyrus (ACCG), ACC sulcus (ACCS), or lateral orbital and ventral prefrontal cortex (PFv+o) affect the way macaques value social information.

And how were the monkeys’ valuations measured?

Measurements were made of latencies to pick up food items in the presence of fear-inducing stimuli (toy snakes) in experiment 1, social stimuli (short films of other macaques) in experiment 2, or neutral control objects. The latencies indexed the macaques’ assessment of the value of obtaining further information about the stimulus before reaching and reflected their relative valuation of the stimulus in contrast to the incentive of the food.

When confronted with the fear-inducing information,

[Control animals with no lesion] were consistently reluctant to take food from above a moving toy snake, but the case was significantly different for both the PFv+o group and the ACCS group…There were no significant differences between the ACCG and controls.

The behavior of the ACCG group, however, was significantly different from the other three groups when social information was presented:

[Controls] were slower to pick up food in the presence of a large staring male, a female macaque with visible sexual perineal swellings, and a midsized macaque making affiliative lip-smacking gestures…The ACCG group remained uninterested in any of the images of other macaques…By contrast, comparable modulations of reaching latencies were seen in PFv+o and ACCS groups as in the controls, and there were no significant differences between any of these three groups.

The results enable the researchers to draw the following conclusions:

The ACC region critical for mediating the valuation of social stimuli appears to be the ACCG immediately rostral and dorsal to the genu of the corpus callosum and includes areas 32 and rostral area 24.

Complete ACCS lesions only affected the mild fear task significantly and not the social task.

(Note that Brodmann’s area 32 refers to the dorsal ACC, while BA 24 refers to the ventral ACC. The experiment described here suggests that the lesions to the dorsal ACC and the ventral ACC may have differential effects that sum to produce the observed social deviancy.)

If the latency measure legitimately represents the monkeys’ opportunity cost of acquiring more information, these results suggest the following economic interpretation: (1) An ACCG lesion decreases monkeys’ willingness to pay for social information; (2) Lesions of the ACCS and lateral orbital and ventral prefrontal cortex increase monkeys’ willingness to pay for information relating to fearful stimuli.