Sentimento e Recessão
Os pesquisadores já sabem que os períodos de recessão geralmente são acompanhados por uma onda de pessimismo. Mas existe uma grande dificuldade de medir o pessimismo das pessoas, sendo geralmente usadas aproximações.
Na área de finanças comportamentais tem-se estudado como os sentidos influenciam as decisões financeiras. Pesquisas já comprovaram que o mercado acionário é influenciado pelo tempo, pelos resultados dos esportes, pela superstição, pelas notícias da imprensa, entre outras situações.
Diego Garcia, um pesquisador da Universidade da Carolina do Norte, resolveu investigar o papel da imprensa e o comportamento do mercado acionário. Para isto, ele usou uma de mais de cinquenta mil artigos que foram publicados diariamente no New York Times e Wall Street Journal, desde 1905 até 2005, sobre o mercado financeiro. Analisando cada um destes textos, Garcia classificou as palavras negativas (irregular, declínio, perda, destruição, etc) e positivas. Ao confrontar a quantidade de palavras de cada um dos grupos, para cada texto analisado, Garcia elaborou um índice de pessimismo do texto. De uma maneira geral, ele encontrou que os textos dos jornais são pessimistas, já que o número de palavras otimistas é menor que as negativas.
Além disto, ele comparou o índice, que representaria uma aproximação do sentimento do mercado ao longo do tempo, com o comportamento do próprio mercado. E encontrou que o sentimento é bastante pronunciado durante as recessões. Durante as expansões o número médio de palavras positivas (normalizado) era de 1,21 versus 2,05 para palavras negativas. Já nas recessões esta relação era de 1,15 versus 2,09. Esta diferença é significativa em termos estatísticos.
Leia mais em GARCIA, Diego. Sentiment during Recessions. Journal of Finance. Vol. LXVIII, n. 3, jun. 2013.
Na área de finanças comportamentais tem-se estudado como os sentidos influenciam as decisões financeiras. Pesquisas já comprovaram que o mercado acionário é influenciado pelo tempo, pelos resultados dos esportes, pela superstição, pelas notícias da imprensa, entre outras situações.
Diego Garcia, um pesquisador da Universidade da Carolina do Norte, resolveu investigar o papel da imprensa e o comportamento do mercado acionário. Para isto, ele usou uma de mais de cinquenta mil artigos que foram publicados diariamente no New York Times e Wall Street Journal, desde 1905 até 2005, sobre o mercado financeiro. Analisando cada um destes textos, Garcia classificou as palavras negativas (irregular, declínio, perda, destruição, etc) e positivas. Ao confrontar a quantidade de palavras de cada um dos grupos, para cada texto analisado, Garcia elaborou um índice de pessimismo do texto. De uma maneira geral, ele encontrou que os textos dos jornais são pessimistas, já que o número de palavras otimistas é menor que as negativas.
Além disto, ele comparou o índice, que representaria uma aproximação do sentimento do mercado ao longo do tempo, com o comportamento do próprio mercado. E encontrou que o sentimento é bastante pronunciado durante as recessões. Durante as expansões o número médio de palavras positivas (normalizado) era de 1,21 versus 2,05 para palavras negativas. Já nas recessões esta relação era de 1,15 versus 2,09. Esta diferença é significativa em termos estatísticos.
Leia mais em GARCIA, Diego. Sentiment during Recessions. Journal of Finance. Vol. LXVIII, n. 3, jun. 2013.
Marcadores: imprensa, recessão, sentimento
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