Racionalidade
Uma proteção contra nossos próprios impulsos irracionais
17/3/2009 - Valor Econômico
(...) A crise atual é, portando, uma grande oportunidade para que organismos de supervisão, analistas e investidores incorporem os conceitos ligados aos estudos de finanças comportamentais como complemento à Teoria Moderna de Finanças, que atualmente rege o campo das finanças. As finanças comportamentais explicam exatamente como a irracionalidade e o desconhecimento dos aspectos comportamentais podem ter fomentado a crise por meio do agravamento das perdas das carteiras.
Esses fatos, vistos inicialmente como cotidianos no ambiente de bolsa de valores, decorrem, por exemplo, da tendência dos investidores de movimentarem seus ativos na mesma direção que os demais investidores, o que produz o denominado efeito manada e a tendência à sobrerreação de quedas e subidas.
(...) Esta cegueira dos analistas é explicada na área comportamental por vários conceitos. Em um deles, o excesso de otimismo, pesquisadores comportamentais, verificaram que os analistas financeiros tendem a não acertar sobre a ocorrência de momentos de baixa dos investimentos. Além disso, verifica-se que, à medida que o mercado cai, os erros de previsão vão aumentando proporcionalmente, o que indica um viés de alta nas previsões destes profissionais.
Outro conceito é a sabedoria "ex-post", que consiste no fato de o profissional acreditar, depois de um evento já ter acontecido, que ele o previu com antecedência. A teoria comportamental mostra que quando o analista financeiro acredita que tinha previsto o resultado da crise anterior, ele pode ser levado a subestimar os demais resultados que poderiam ter ocorrido, ou seja, os cenários alternativos, o que provoca um despreparo para as situações futuras. (...)
Eduardo Camilo-da-Silva & Claudio Henrique Barbedo
17/3/2009 - Valor Econômico
(...) A crise atual é, portando, uma grande oportunidade para que organismos de supervisão, analistas e investidores incorporem os conceitos ligados aos estudos de finanças comportamentais como complemento à Teoria Moderna de Finanças, que atualmente rege o campo das finanças. As finanças comportamentais explicam exatamente como a irracionalidade e o desconhecimento dos aspectos comportamentais podem ter fomentado a crise por meio do agravamento das perdas das carteiras.
Esses fatos, vistos inicialmente como cotidianos no ambiente de bolsa de valores, decorrem, por exemplo, da tendência dos investidores de movimentarem seus ativos na mesma direção que os demais investidores, o que produz o denominado efeito manada e a tendência à sobrerreação de quedas e subidas.
(...) Esta cegueira dos analistas é explicada na área comportamental por vários conceitos. Em um deles, o excesso de otimismo, pesquisadores comportamentais, verificaram que os analistas financeiros tendem a não acertar sobre a ocorrência de momentos de baixa dos investimentos. Além disso, verifica-se que, à medida que o mercado cai, os erros de previsão vão aumentando proporcionalmente, o que indica um viés de alta nas previsões destes profissionais.
Outro conceito é a sabedoria "ex-post", que consiste no fato de o profissional acreditar, depois de um evento já ter acontecido, que ele o previu com antecedência. A teoria comportamental mostra que quando o analista financeiro acredita que tinha previsto o resultado da crise anterior, ele pode ser levado a subestimar os demais resultados que poderiam ter ocorrido, ou seja, os cenários alternativos, o que provoca um despreparo para as situações futuras. (...)
Eduardo Camilo-da-Silva & Claudio Henrique Barbedo
Marcadores: efeito manada, finanças comportamentais, sobrerreação
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home