A Irracionalidade do Vale
Nesta época de natal é muito comum as pessoas comprarem vales para presentearem amigos. O vale funciona da seguinte forma: o consumidor compra um pedaço de papel. Em lugar de dar um presente para seu amigo, o consumidor entrega este pedaço de papel, que dá o direito de trocar por mercadorias na empresa vendedora. É um pouco racional, já que em lugar de dar dinheiro para um amigo, presenteia com o vale.
O vale tem um prazo de validade, que varia conforme a vendedora.
O problema contábil é que muitos consumidores, por diversos motivos, não trocam seus vales. Uma pesquisa do jornal inglês The Telegraph (Families to ´waste´ £84m on Christmas gift cards, Dan Hyde, 18 dez 2013) informa que 84 milhões de libras esterlinas de vales não são trocados por mercadorias. Isto significa que 6% dos vales expiram antes que o consumidor tenha a chance de fazer sua troca. Ou seja, no Reino Unido a venda de vales deve chegar a 1,4 bilhão de libras.
O vale é o típico presente “irracional”. Em lugar de dar para seu amigo dinheiro, que possui elevada liquidez, optamos por um pedaço de papel, com menor liquidez e que restringe as alternativas de compra. (Além de não ser um valor garantido: recentemente dei um vale de presente e a pessoa não recebeu; a Fnac, a vendedora, até hoje não reembolsou o dinheiro ou providenciou o vale). Talvez a razão desta irracionalidade é que o vale não é visto como “dinheiro” e presentear alguém com dinheiro é considerado deselegante, para não dizer outra coisa.
O mesmo The Telegraph conta um caso do vale da Starbucks (fotografia). Esta empresa vende um vale de 400 dólares. Mas o valor da compra é de 450 dólares. Isto realmente é irracional, já que você teria uma perda imediata de 50 dólares. É como se você tivesse jogando 50 dólares pela janela.
Mas existem compradores para este vale, por algumas razões. Em primeiro lugar, somente mil vales deste tipo são feitos. Os apaixonados pela Starbucks disputam este vale e a honra de ser proprietário de um destes vales. A segunda razão é que este vale não é um pedaço de papel, mas um “cartão” da cor de café, com produção elaborada. Segundo o The Telegraph, custa mais de 50 dólares para ser fabricado. Assim, quem compra está pagando pela “qualidade” do vale. Finalmente, o vale pode ser um objeto de revenda, por um preço maior, no futuro, em razão da sua escassez. Um vendedor no eBay estava pedido 4300 dólares por vales de 2012 e 2013.
O vale tem um prazo de validade, que varia conforme a vendedora.
O problema contábil é que muitos consumidores, por diversos motivos, não trocam seus vales. Uma pesquisa do jornal inglês The Telegraph (Families to ´waste´ £84m on Christmas gift cards, Dan Hyde, 18 dez 2013) informa que 84 milhões de libras esterlinas de vales não são trocados por mercadorias. Isto significa que 6% dos vales expiram antes que o consumidor tenha a chance de fazer sua troca. Ou seja, no Reino Unido a venda de vales deve chegar a 1,4 bilhão de libras.
O vale é o típico presente “irracional”. Em lugar de dar para seu amigo dinheiro, que possui elevada liquidez, optamos por um pedaço de papel, com menor liquidez e que restringe as alternativas de compra. (Além de não ser um valor garantido: recentemente dei um vale de presente e a pessoa não recebeu; a Fnac, a vendedora, até hoje não reembolsou o dinheiro ou providenciou o vale). Talvez a razão desta irracionalidade é que o vale não é visto como “dinheiro” e presentear alguém com dinheiro é considerado deselegante, para não dizer outra coisa.
O mesmo The Telegraph conta um caso do vale da Starbucks (fotografia). Esta empresa vende um vale de 400 dólares. Mas o valor da compra é de 450 dólares. Isto realmente é irracional, já que você teria uma perda imediata de 50 dólares. É como se você tivesse jogando 50 dólares pela janela.
Mas existem compradores para este vale, por algumas razões. Em primeiro lugar, somente mil vales deste tipo são feitos. Os apaixonados pela Starbucks disputam este vale e a honra de ser proprietário de um destes vales. A segunda razão é que este vale não é um pedaço de papel, mas um “cartão” da cor de café, com produção elaborada. Segundo o The Telegraph, custa mais de 50 dólares para ser fabricado. Assim, quem compra está pagando pela “qualidade” do vale. Finalmente, o vale pode ser um objeto de revenda, por um preço maior, no futuro, em razão da sua escassez. Um vendedor no eBay estava pedido 4300 dólares por vales de 2012 e 2013.
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