sábado, março 03, 2007

Os melhores são os piores

A revista Fortune tem realizado uma pesquisa sobre a reputação das empresas norte-americanas (America's Most Admired Companies). Apesar de não ser um levantamento sobre investimento, pesquisas acadêmicas têm analisado o desempenho das ações das empresas escolhidas na lista das mais admiradas (e também das menos admiradas). O resultado não é conclusivo, mas alguns estudos mostram que existe uma relação inversa entre admiração e desempenho da empresa como investimento.

Um exemplo é um estudo, citado pela própria revista Fortune (5/3/2007, vol. 155, n. 4, Sometimes the Worst are First), que analisa o desempenho de 1983 a 2006, período do prêmio da revista.

As empresas menos admiradas tiveram um retorno de 17,8%; as mais admiradas, 15,4%. No período, a SP500 teve um retorno de 11,2%. Como isso é possível?

Um dos autores do estudo, Meir Statman, diz que uma possível explicação está nas finanças comportamentais. Para Statman, os investidores tem sentimentos positivos sobre o sucesso de empresas como GE e P&G que pagam um preço mais elevado para ter suas ações. Ou seja, as empresas mais admiradas possuem um P/L maior (média de 2,07 versus 1,27 das menos admiradas). Além disso, as mais admiradas tendem a possuir maior capitalização no mercado.

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