quarta-feira, maio 27, 2015

Ordem das coisas

Há tempos, a revista The Economist notou algo interessante: os líderes mundiais do ocidente tinham nome nas primeiras letras do alfabeto (vide aqui). Uma pesquisa revelou que o nome com as primeiras letras do alfabeto aumenta a chance de sucesso na carreira na área de economia. Isto é confirmado aqui.

Mas aprendemos que a ordem dos fatores não afeta os produtos. Será? Quatro pesquisadores resolveram verificar se a ordem é relevante na vida. Semanalmente o National Bureau of Economic Research (NBER) distribui para mais de vinte mil pessoas a lista de novas pesquisas através de um e-mail. O NBER é extremamente conhecido na área de economia e geralmente os textos divulgados no sítio são posteriormente publicados nos periódicos mais relevantes das ciências sociais. Todos os textos são de altíssima qualidade.
O trabalho dos pesquisadores investigou o “primacy effect”, onde as pessoas selecionam os primeiros itens de uma lista. Existem diversas razões para que isto ocorra, como o cansaço, o efeito na memória ou a força da primeira impressão. O primacy effect foi investigado para verificar se a ordem dos artigos listados no e-mail do NBER teria algum efeito sobre o interesse dos leitores.

Apesar de serem trabalhos técnicos e não existir nenhuma preferência na ordem do e-mail encaminhado, a pesquisa conseguiu comprovar o primacy effect. Assim, os textos que estavam no topo da lista apresentaram maior número de downloads e citações em trabalhos futuros. E este efeito foi considerado significativo.

FEENBERG, Daniel; GANGULI, Ina; GAULE, Patrick; GRUBER, Jonathan. It´s Good to be First: Order bias in Reading and citing NBER Working Paper, maio de 2015.

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sábado, maio 16, 2015

Felicidade: da criança ao adulto

Uma nova pesquisa com 53.000 crianças em 15 países revela que as crianças tendem a ser feliz independentemente do contexto de suas vidas. Do Nepal a Noruega, crianças entre as idades entre 10 e 12, dizem que estão muito satisfeitas com as suas vidas (pdf). 

"As crianças tendem a ser mais otimista sobre a vida", diz Elisabeth Backe-Hansen para Quartz, a pesquisadora líder da norueguesa Pesquisa Mundial para Criança. Apesar de não ser surpreendente, isso é reconfortante. 

Quando perguntado se essas crianças tiveram acesso a nove coisas: roupas boas, computador, acesso à internet, telefone móvel, seu próprio quarto, livros, um carro na família, um som e uma televisão, crianças na Noruega, em média, tiveram acesso a todos eles, mas aquelas na Etiópia tiveram acesso a apenas três. E, no entanto, entre os 15 países, não houve correlação entre a forma como as crianças estavam satisfeitas e quantos bens materiais que estavam faltando. 

Agora, se você comparar os rankings relativos de felicidade declarada infantil com os adultos (pdf), os resultados mudam significativamente. (...)

Adaptado daqui

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