quinta-feira, outubro 29, 2009

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Pessoas com sorte x pessoas com azar


Pessoas com sorte consistentemente encontram oportunidades, enquanto pessoas sem sorte não. (...) Eu dei a pessoas com sorte e pessoas sem sorte um jornal e perguntei a elas para olharem e contarem quantas fotografias tinham dentro. Em média pessoas sem sorte levaram cerca de dois minutos para contar as fotografias, enquanto pessoas com sorte levaram alguns segundos. Por que? Porque a segunda página do jornal continha a seguinte mensagem: "Pare de contar. Existem 43 fotografias no jornal". Esta mensagem tomava metade da página (...)

Por diversão, eu coloquei uma segunda grande mensagem na metade do jornal: "Pare de contar. Diga ao pesquisador que você viu isto e ganhe 250 libras." Novamente, pessoas sem sorte perderam a oportunidade pois elas estavam muito ocupadas olhando as fotografias.

Testes de personalidade revelam que pessoas sem sorte geralmente são muito mais tensas que pessoas com sorte, e pesquisadores mostram que ansiedade reduz a habilidade das pessoas em notas o inesperado.


Richard Wiseman - Be lucky - it's an easy skill to learn - Telegraph

Segundo o autor, pessoas sem sorte são rotineiras e falham na intuição. Pessoas com sorte tendem a ser positivas mesmo na situação ruim. Elas imaginam que poderia ser pior.

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quarta-feira, outubro 28, 2009

Neuromarketing

Africa aposta em técnicas de neuromarketing
Ruy Barata Neto - Brasil Econômico - 27/10/09

A agência Africa anunciou nesta terça-feira (27) investimento de R$ 600 mil para financiamento de pesquisas realizadas pela consultoria MindRoads. A empresa americana é a única no país a usar uma metodologia de pesquisa chamada de Zmet.

Trata-se de uma técnica patenteada, desenvolvida por um grupo de estudiosos da Harvard Business School sob a coordenação de Gerald Zaltman, conhecido como o pai do neuromarketing. Esta especialidade busca entender o funcionamento da mente do consumidor através de estudos que reúnem diferentes disciplinas do conhecimento desde a sociologia até a semiótica.

A agência do Grupo ABC, de Nizan Guanaes, financia estudos dessa natureza para entender hoje como se comporta o cliente da área de telefonia - já que atende a operadora Vivo - e como o consumidor brasileiro vê o futebol - o que também pode ser aplicado à empresa de celulares e para a cerveja Brahma já que ambas são patrocinadores da Seleção Brasileira.

Um primeiro resultado de estudo da MindRoads já foi aplicado de forma experimental em recente comercial de 15 segundos da Brahma. A partir de entrevistas com torcedores, a MindRoads separou metáforas que regem a relação deles com o futebol e assim chegou a alguns ícones que estão por trás da propaganda.

Segundo Josiah Foster, fundador da MindRoads, chegou-se a conclusão de que o futebol é visto como uma verdadeira batalha nos gramados, que o resultado de um jogo é influenciado por rituais que misturam o profano com o religioso - haja vista o número de torcedores rezando ou realizando simpatias durante uma partida, e que no esporte está sempre presente a figura do herói. A marca de cerveja funciona como um portal que aproxima o consumidor do esporte e está identificada com ele.

Estas imagens são base da criação do comercial de Brahma em que um jogador da seleção atravessa um detector de metais no aeroporto e se desfaz de uma série de acessórios entre pulseiras e correntes até, por fim, tirar a armadura que o caracteriza como um guerreiro do esporte.

No ano que vem a agência deve trabalhar com levantamentos específicos de metáforas paras as marcas Itaú e Mitsubishi. Segundo o VP de planejamento da Africa, Pedro Cruz, a idéia é aproximar da criação da agência as metáforas trazidas por cada estudo da MindRoad.

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domingo, outubro 25, 2009

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terça-feira, outubro 20, 2009

Amor e Criatividade

Os pesquisadores sugerem que o amor romântico induz a uma perspectiva de longo prazo, ao passo que o desejo sexual induz a uma perspectiva de curto prazo. Isto é porque o amor tipicamente envolve desejos e metas de apego prolongado com uma pessoa, enquanto que o desejo sexual é normalmente se engajar em atividades sexuais no "aqui e agora".

Ficar apaixonado pode ajudar a criatividade pois pensamos "globalmente"

Falling in Love… Creatively

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segunda-feira, outubro 05, 2009

Peça Desculpas

As empresas que simplesmente dizem desculpas para seus clientes fazem melhor que aquelas que oferecem dinheiro como compensação, uma nova pesquisa descobriu. (...) Johannes Abele, pesquisador da Nottingham School of Economics (NSE), que conduziu o estudo, disse que o resultado prova que desculpas são poderosas e baratas. (...) Pesquisadores trabalharam com uma empresa responsável por dez mil vendas por mês no e-Bay. Alguns clientes foram oferecidos desculpas, enquanto outros foram oferecidos de 2,5 euros a 5 euros.

Saying sorry helps firms retain customers – 24/9/2009 - Indo-Asian News Service

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A ordem dos fatores

A ordem em que um produto aparece influencia na escolha do consumidor. Nos classificados, os prestadores de serviços (como profissionais liberais, corretores e prostitutas) geralmente começam seus anúncios com a letra “A”. Na lista telefônica de antigamente os estabelecimentos que começavam com as primeiras letras geralmente tinham maior procura. Até na listagem dos peritos, aqueles batizados com nomes como Achiles ou Abimael tendem a ser preferidos dos juízes.

A internet não alterou esta escolha natural das pessoas. Uma pesquisa comandada por Alexander Felfernig e sua equipe (Persuasive Recommendation: Serial Position Effects in Knowledge-Based Recommender Systems) (via Order Effect Affects Orders) mostrou a clientes potenciais quarto produtos distintos, variando a ordem de apresentação na rede. O primeiro produto resultou numa escolha 2,5 vezes maior que os demais.

[É bem verdade que isto já era conhecido: a Google vende os primeiros resultados da pesquisa. Assim, se você digitar “contabilidade” o primeiro resultado pagou a Google para aparecer naquela ordem.]

Para as lojas, isto representa uma grande oportunidade de colocar os produtos mais rentáveis em primeiro lugar. Para o cliente, o cuidado de não ser enganado.

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domingo, outubro 04, 2009

Polanski e comportamento

Uma análise da prisão do cineasta Polanski (Polanski: some cognitive biases, 30/9/2009) mostra diversos viéses. Entre eles:

Halo Effect = acreditar que uma pessoa que é boa em algo é boa em tudo. Se Polanski é um bom cineasta ele deve ser uma boa pessoa.

Viés do Grupo = Muitas defesas de Polanski ocorre no meio cinematográfico. É uma tendência a favorecer as pessoas que são iguais a nós.

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quinta-feira, outubro 01, 2009

Adaptação do Mercado

Em Why animal spirits can cause markets to break down (21/7/2009 - Financial Times - Asia Ed1, 20), Andrew W. Lo, um renomado financista e professor do MIT, discute a questão mais relevante das finanças modernas: o embate entre finanças comportamentais e hipóteses do mercado eficiente (denominadas de EMH).

A EMH parte do suposto que o mercado, através da mão invisível, seria capaz de determinar uma alocação eficiente dos recursos. Os preços seriam racionalmente a expressão de toda informação disponível. A EMH dominou as finanças desde a década de 1960.

A contraposição são as finanças comportamentais, onde parte do suposto que o ser humano é um animal que possui atitudes irracionais que irão refletir nas decisões financeiras. As finanças comportamentais passaram a ser um assunto “quente” com o próprio fracasso da EMH em explicar certas situações.

A batalha entre EMH e FC tem dominado a academia, os reguladores e os políticos. Lo procurar não tomar partido de nenhum dos lados, mas busca uma teoria que concilie os dois aspectos. Segundo Lo, existiria uma falsa dicotomia entre as duas escolas de pensamento. Ambas possuem elementos úteis para explicar a realidade.

Neste sentido, a EMH é muito eficiente em explicar, na maior parte do tempo, as decisões que são tomadas no mercado. Mas em algumas situações, o mercado não é sábio, como quer crer Surowiecki, em Sabedoria das Massas. A explicação está nas FC.

Apesar de sermos pessoas razoavelmente racionais, o ser humano possui ainda os instintos adaptados do animal que viveu na África há 50 mil anos. Assim, aversão à perda e influencia do grupo são típicas reações de irracionalidade.

A proposta de Lo tenta, portanto, fazer uma junção das duas idéias. Lo denominou de Adaptive Markets Hypothesis. Basicamente, Lo acredita que as idéias de Darwin são poderosas e podem ajudar a explicar a dinâmica do mercado. Em ambientes de constantes mudanças, o ser humano adapta-se utilizando alguns dos institutos passados.

O professor do MIT acredita que é possível melhorar as EMH. Conforme uma declaração de Lo para Steve Lohr (Wall Street’s Math Wizards Forgot a Few Variables) , “não é a teoria do mercado eficiente que está errada, mas ela é um modelo incompleto.

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