Efeito cultural do Teste do Marshmallow
Na década de sessenta, Walter Mischel conduziu uma pesquisa que ficou conhecida como Teste do Marshmallow. Num experimento com crianças, a equipe de Mischel oferecia para cada criança um doce com a promessa de que ganharia outro se resistisse um tempo até a volta do pesquisador. Quinze minutos mais tarde, quando o pesquisador voltava, se a criança não tivesse comido o doce recebia, imediatamente, um segundo. Além de ser um teste que mede a capacidade de controlar nossos desejos, também mensura nossa “taxa de desconto”.
A pesquisa de Mischel ganhou um maior destaque quando, anos depois, ele pesquisou o que as crianças estavam fazendo. A surpresa foi descobrir que as crianças que conseguiram resistir ao desejo de comer imediatamente o doce tiveram melhor desempenho nos testes escolares, por exemplo. Agora o teste foi replicado num país africano. Os resultados foram comparados com os obtidos com crianças da Alemanha. E foram surpreendentes. As crianças da zona rural de Camarões tiveram um desempenho melhor que as européias. No país africano, 70% das crianças resistiram e esperaram; na Alemanha, somente 30%. As crianças alemães mostram mais frustrações e adotaram diversas técnicas de distrações; do país africano, mostraram pouca emoção ou atividade e oito delas dormiram.
Os resultados podem constituir um desafio sobre a forma ideal de educar as crianças. Também indicam talvez a relevância do aspecto cultural: as crianças africanas são criadas num ambiente de respeito aos idosos e relevância do grupo sobre a individualidade da cultura européia. Uma resumo da pesquisa encontra-se aqui. Mischel publicou um livro, com tradução para língua portuguesa, sobre o assunto. Existem diferentes versões do Teste no Youtube; as reações das crianças são incríveis. Aqui um exemplo.
A pesquisa de Mischel ganhou um maior destaque quando, anos depois, ele pesquisou o que as crianças estavam fazendo. A surpresa foi descobrir que as crianças que conseguiram resistir ao desejo de comer imediatamente o doce tiveram melhor desempenho nos testes escolares, por exemplo. Agora o teste foi replicado num país africano. Os resultados foram comparados com os obtidos com crianças da Alemanha. E foram surpreendentes. As crianças da zona rural de Camarões tiveram um desempenho melhor que as européias. No país africano, 70% das crianças resistiram e esperaram; na Alemanha, somente 30%. As crianças alemães mostram mais frustrações e adotaram diversas técnicas de distrações; do país africano, mostraram pouca emoção ou atividade e oito delas dormiram.
Os resultados podem constituir um desafio sobre a forma ideal de educar as crianças. Também indicam talvez a relevância do aspecto cultural: as crianças africanas são criadas num ambiente de respeito aos idosos e relevância do grupo sobre a individualidade da cultura européia. Uma resumo da pesquisa encontra-se aqui. Mischel publicou um livro, com tradução para língua portuguesa, sobre o assunto. Existem diferentes versões do Teste no Youtube; as reações das crianças são incríveis. Aqui um exemplo.
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