terça-feira, fevereiro 22, 2022

Psicologia da doação

As entidades do terceiro setor aprenderam, ao longo do tempo, a usar de pequenos truques para extrair dinheiro dos potenciais doadores. Isto funciona para doações em um templo, no sinal de trânsito e, também, na internet. Em lugar de números, belas fotografias de pessoas com animais, de for uma entidade de defesa da vida animal, ou com crianças, se o público for esta faixa etária. Para uma entidade de defesa do ambiente, imagens de árvore são mais atraentes do que o desempenho frio dos números.

Uma estratégia interessante é solicitar uma doação em dinheiro. Algumas apelam para valores como $19 por mês. Mas qual a razão de pedir $19 e não $20? Uma resposta interessante é que ao pedir $19, as pessoas terão mais dificuldades de calcular o valor ao final de um ano. Se o pedido for de $20, parece mais simples multiplicar por 12 para ter a despesa anual.

Outro fato de pode ajudar na definição do valor é que o montante deve ser grande o suficiente para cobrir os custos de arrecadação e permitir que o doador imagine que fará diferença com aquele valor, sem pesar demais no bolso.

Adicionalmente é comum a solicitação em outra moeda - em dólar, por exemplo. Dez dólares não parece muito e pode ser que isto aumente a possibilidade de doação. Parece melhor que pedir R$50 (câmbio na data da postagem era um pouco acima de R$5 = US$1). Ou pedir o correspondente a 12 cafezinhos.

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quarta-feira, fevereiro 09, 2022

Finanças pessoais: tudo deve ser pago duas vezes

 


Em finanças pessoais é importante lembrar de um conceito importante para alguns produtos que compramos: devemos pagar duas vezes. Considere dois exemplos dados no site raptitude

O primeiro, você comprar o livro Moby Dick por dez reais em um sebo. Parece que este seria o único valor que gasto por você. Mas para que o livro tenha seu valor, você precisa ler. Este é o segundo preço: as várias horas dedicadas a leitura sobre a caça de uma baleia. E este tempo tem um custo. Assim, o livro Moby Dick possui dois preços pagos: do livro e do tempo consumido na leitura.

Pensar em um livro desse jeito torna mais real o efeito da compra de um livro. Geralmente quando compramos livros temos o hábito de pensar no potencial prazer da leitura, mas esquecemos que há um custo, sob a forma de deixar de assistir uma série no streaming, conversar com amigos, dormir ou trabalhar. Se ao tomarmos a decisão de compra do livro pensarmos realmente no seu segundo custo, talvez a ideia de comprar Moby Dick não seja tão razoável para alguns.

Há diversos outros exemplos, mas cito aqui a assinatura de um serviço de streaming. Você paga um valor mensal e este é o primeiro custo. Ao usar o serviço chegamos ao segundo custo: as horas que passamos na frente da televisão tem o seu preço.

O site Raptitude manda você pensar na sua casa e notar a presença de diversos produtos ou serviços que você pagou o primeiro preço, mas não o segundo: livros ainda não lidos, assinatura que você não usufrui, jogos não jogados, mensalidade da academia que você não vai, produtos ainda na caixa, entre outros.

Continuamos pagando o primeiros preço, criando uma dívida enorme referente ao segundo preço.

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